Diferenças entre as dietas industrializadas e as dietas caseiras

A nutrição enteral se faz essencial quando o paciente não tem condições de se alimentar totalmente ou parcialmente por via oral, mas que tem o trato gastrintestinal

A nutrição enteral se faz essencial quando o paciente não tem condições de se alimentar totalmente ou parcialmente por via oral, mas que tem o trato gastrintestinal (esôfago, estômago, intestino delgado e grosso) funcionando, podendo ser administrada por meio da nutrição enteral industrializada ou caseira. 3,4

A dieta industrializada pode ser encontrada na forma de pó (necessário adicionar líquido para diluir), líquidas semi prontas e as prontas para uso. Já a dieta caseira é preparada a base de alimentos in natura, com leite, ovos, açúcar, carnes e hortaliças, podendo ou não adicionar nutrientes como por exemplo: módulos enérgicos, proteicos, vitamínicos ou de minerais 1,2,3

Existem algumas diferenças entre as dietas industrializadas e caseiras, conforme podemos observar abaixo:

  • Dietas industrializadas – são práticas, possuem uma nutrição adequada ao paciente e garantem maior segurança quanto à contaminação de bactérias, entretanto seu custo é mais elevado em relação à caseira. O cuidador deve ser orientado quanto aos cuidados essenciais para administração. 4,5
  • Dietas caseiras – são consideradas de baixo custo, apresentam maior risco de contaminação de bactérias, sendo necessário que o cuidador ou o responsável pelo preparo da dieta seja bem orientado quanto à manipulação correta das preparações, garantindo assim segurança microbiológica. 3,4

A indicação da dieta mais adequada (caseira ou industrializada), depende de diversos fatores que serão avaliados pelo médico/nutricionista em conjunto com o paciente, levando em consideração características como: necessidades nutricionais, estilo de vida e rotina. 1,2,3

Vale salientar que esse tipo de dieta necessita de um controle mais rigoroso com a nutrição do paciente, e cabe ao médico ou nutricionista determinar qual a dieta mais adequada seja ela normal, hiperproteíca, hiperlipídica, ou com algumas restrições como por exemplo de sódio ou gorduras. 1,2


Referências:

1. SANTOS, V F N et al. Qualidade nutricional e microbiológica de dietas enterais artesanais padronizadas preparadas nas residências de pacientes em terapia nutricional domiciliar. Rev Nutr., Campinas, 26(2): 205-214. 2013.

2. FELICIO, B A et al. Food and nutritional safety of hospitalized patients under treatment with enteral Nutrition therapy in the Jequitinhonha Valley, Brasil. Nutr Hosp. 27(6): 2122-2129. 2012.

3. SIMON, MISS, Freimuller S, Tondo EC, Ribeiro AS, Drehmer M. Qualidade microbiológica e temperatura de dietas enterais de análise de perigos e pontos críticos de controle. Rev. Nutr. 2007- 20(2):139-148.

4. ASSIS, MCS, Silva SMR, Leaes DM, Novello CL, Silveira CRM, Mello ED, Beghetto MG. Nutrição enteral: diferenças entre volume, calorias e proteínas prescritos e administrados em adultos. Rev. Bras. Ter. Intensiva. 2010- 22(4):346-350.

5. MENEGASSI B, Santana LS, Coelho JC, Martins AO, Pinto JPAN, Navarro AM. Características físico-químicas e qualidade nutricional de dietas enterais não industrializadas. Alim. Nutr. Araraquara. 2007- 18(2):127-132.

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