A massa muscular representa aproximadamente 50% da massa corpórea em indivíduos sadios; já em pacientes com câncer, em fase de tratamento, o organismo apresenta uma demanda maior do gasto calórico, fazendo com que o metabolismo utilize como fonte de energia a massa muscular acarretando numa perda de peso perceptível. 1,3
O corpo do paciente com câncer “compete” por nutrientes com o tumor, comprometendo todo seu metabolismo, resultando em diversas manifestações clínicas como perda de peso e perda de massa muscular, diminuição da flexibilidade, da capacidade de gerar força e na eficiência em fazer suas atividades diárias.1,3
No acompanhamento nutricional, utiliza-se as medidas do corpo (antropometria) como diagnóstico do estado clínico do paciente; porém, a perda muscular pode ser mascarada se o mesmo tiver retenção hídrica e edema.2
A preservação e/ou melhora no estado nutricional tem um papel importante na qualidade de vida e no bem-estar dos pacientes com câncer; uma alimentação equilibrada contendo as recomendações adequadas de proteínas e calorias permite uma manutenção e/ou aumento da massa muscular.4 Essas recomendações nutricionais devem ter atenção especial durante a quimioterapia e radioterapia.5 Recomenda-se para pacientes adultos cerca de 20 a 35 kcal/kg de seu peso atual por dia e 1,0 a 1,8 gramas proteína/kg de seu peso atual por dia, seja através da alimentação ou suplementação via oral, que além de ser de fácil aceitação é saborosa e traz em sua formulação diversas vitaminas e minerais.1,5
Para melhora da força muscular, além de uma alimentação saudável e suplementação adequada, quando necessária, a atividade física deve fazer parte do contexto.1 Alguns estudos têm demonstrado que pacientes que realizam atividades físicas, diariamente, com exercícios de força garantem: um aumento ou manutenção da massa muscular; melhora da força muscular; redução de náuseas, fadiga, ansiedade e contribui para aumento da disposição; contrapondo-se a algumas consequências negativas da recuperação e tratamento contra o câncer, aumentando a qualidade de vida.1,3,5
Sabe-se da importância da intervenção com exercícios durante o tratamento oncológico, mas vale ressaltar que a escolha do tipo de exercício pelo paciente mostra grande relevância no que concerne à aderência, motivação e resultados. 6